O pequeno e rebelde Alan
Por: Ageu Cirilo de Magalhães Jr.
Em uma tarde de primavera o pequeno Alan chegou em casa e percebeu que seu pai estava com as malas prontas, na caminhonete em frente da sua casa. Quando entrou na sala encontrou sua mãe, seu pai e seu irmão o esperando. Seu pai pediu para ele se sentar e, juntamente com sua mãe, anunciaram o divórcio. Foi um momento carregado de tristeza. Seu pai se levantou, abraçou ele e seu irmão, e saiu para a caminhonete. Naquele momento, o pai praticamente desapareceu de sua vida.
Os anos seguintes foram de muita raiva para Alan. Sua mãe já não sabia mais o que fazer com ele, pois os problemas na escola eram constantes. No desespero, sua mãe decidiu matriculá-lo na escola cristã patrocinada por sua igreja. Alan continuou dando trabalho. Quando pegou o manual da escola e o leu viu que seria fácil ser expulso.
E, assim, dia após dia, ele infringia as regras, para ser expulso da escola. O golpe final veio em uma viagem de ônibus na tarde de sexta-feira ao retornar para a escola. No caminho ele brigou no ônibus com um dos colegas de classe. Era uma falta grave. Ele seria expulso…
Na manhã seguinte, sábado, Alan estava cortando a grama quando viu o Dr. Verle Ackerman, o pastor da igreja, chegando em sua casa. Ele saiu calmamente do carro, vestido como sempre, de terno e gravata, chamou o garoto e disse: “Alan, você precisa entrar. Preciso falar com você e sua mãe.” Alan percebeu imediatamente que estava em apuros. Na sala da casa, o pastor olhou para a sua mãe e contou o que havia acontecido no ônibus, no dia anterior. Depois, disse a ela que havia sido tomada a decisão de expulsá-lo escola. A mãe ficou abalada. Ele então continuou com estas palavras: “Alan, eu quero que você saiba que assim que eu soube o que aconteceu eu fui ao Dr. Kreft (diretor da escola) e disse a ele: “Você não sabe o que está acontecendo na vida desse garoto. Não o expulse da escola. Eu vou assumir a responsabilidade sobre ele.” O pastor, então, se inclinou na direção de Alan, apontou o dedo em sua direção e disse: “Alan, agora você é meu e eu não vou deixar você falhar!” Foi nesse momento que a vida de Alan mudou para sempre.
Hoje, 40 anos depois, Alan Pue é pastor, diretor de escola, especialista em Educação Cristã, autor de vários livros. Assim como Alan, milhares de crianças tiveram suas vidas mudadas porque alguém se importou com elas. E, em muitos casos, isso aconteceu em uma escola cristã. Aqui no Brasil a igreja evangélica ainda não percebeu a força de influência e de mudança de vidas que uma escola cristã pode ter. Centenas de vidas podem ser influenciadas e transformadas por Cristo no ambiente de uma escola cristã. Pense nisso e incentive o teu pastor a pensar a respeito.
Site: Resistência Protestante
Sobre o autor: Ageu Cirilo de Magalhães Jr.
Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição;
Bacharel em Teologia pela Escola Superior de Teologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie;
Mestre em Teologia Sistemática (M.Div.) pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper;
Mestrando em Liderança Cristã (M.A.) pelo CPAJ/Gordon College.
Blog: http://www.resistenciaprotestante.com.br/