CONHECENDO AO SENHOR
Por: Daniel L. Petersen
Conhecer a Deus é o dever de todo o ser humano e muito mais para o Cristão.
Todavia, podemos afirmar que é impossível conhecer a Deus por completo e de maneira exaustiva, por esse motivo é importante saber os meios nos quais Ele se revela.
A nossa Confissão de Fé de Westminster no capítulo 1º ensina:
Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providencia manifestam de tal modo à bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, toda via não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e de sua vontade, necessário à salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente fazê-la escrever toda. Isso torna a Escritura Sagrada indispensável, tendo cessado aqueles antigos modos de Deus revelar a sua vontade ao seu povo. Sal. 19: 1-4; Rom. 1: 32, e 2: 1, e 1: 19-20, e 2: 14-15; I Cor. 1:21, e 2:13-14; Heb. 1:1-2; Luc. 1:3-4; Rom. 15:4; Mat. 4:4, 7, 10; Isa. 8: 20; I Tim. 3: I5; II Pedro 1: 19. (1643)
Desta forma a revelação “Especial” (Bíblia), envolve a sua relação e auto-limitação¹ para com o mundo, sendo a Escritura Palavra de Deus, ela é a única fonte possível para que possamos vir a conhecê-lo mais intimamente. Temos esta percepção quando analisamos versículos chaves que nos ensinam sobre a Trindade, sua personalidade, justiça, decretos, criação, preservação, governo, educação e na pessoa e obra de Jesus Cristo.
O Breve Catecismo nos ensina na pergunta 4:
O que é Deus?
R: Deus é espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade.
Referências:. Jo 4.24; 2. Sl. 90.2; Ml 3.16; Tg. 1.17; I Rs. 8.27; Jr. 23.24; Is. 40.22 ; Sl. 147.5; Rm. 16.27; Gn. 17.1;Ap. 19.6; Is. 57.15; Jo.17.11; Ap. 4.8; Dt. 32.4; Sl. 100.5; Rm. 2.4; Ex. 34.6; Sl. 117.2.
Outro importante ponto é que ninguém pode dizer não conhecer a Deus como Paulo relata em Romanos 1 e os que o fazem são tidos como ato de “impiedade e perversão dos homens”:
18 A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça;
19 porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou.
20 Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;
Desta forma não basta apenas o uso de um intelecto se não estivermos sendo movidos pela transformação e iluminação do Espírito Santo, com o coração regenerado, voltados para a obediência da fé, para que consigamos racionalizar e compreender a sua revelação e sua vontade para nossas vidas.
Sem a transformação do Espírito, olharemos para todo este conhecimento sobre Deus com olhos escurecidos e naturalmente não os compreenderíamos pois a nós, sua revelação seria como que para loucos, conforme ensinado em 1 Cor 2:14:
Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
Chamados, separados e preservados soberanamente pelo Pai, iluminados pelo Espírito Santo para vida em Cristo Jesus, moldados para os seus santos propósitos, instruídos pela sua Santa Palavra (II Timóteo 3:16), confiantes e orgulhosos na alegria do dia em que estaremos juntos, frente a frente com nosso criador, gozando o que por sua vontade, amor e misericórdia tem preparado para nós, por isso, conhecer ao SENHOR deve ser o objetivo de toda uma vida para o Cristão.
1 – Auto-Limitação – Deus é limitado neste sentido, pela imutabilidade de seus próprios atributos e distinções pessoais, também como pela própria escolha de suas relações para com o Universo, que Ele criou, e com a humanidade na pessoa de Cristo.
Referências:
Bíblia Estudos de Genebra.
Breve Catecismo – http://www.ipportovelho.com.br/artigo/breve-catecismo-de-westminster-1647-1648. Acessado em 21/01/2017.
CHEUNG, Vincent – Teologia Sistemática – http://www.monergismo.com/textos/livros/teologia_sistematica_completa_cheung.pdf. Acessado em 21/01/2017.
Confissão de Fé de Westminster – http://www.ipportovelho.com.br/artigo/confissao-de-fe-de-westminster-revisao-de-1888. Acessado em 21/01/2017.
PARKER, J. I. – Teologia Concisa, Síntese dos Fundamentos Históricos da Fé Cristã; São Paulo. Editora Cultura Cristã, 1999.
Sobre o autor: Daniel L. Petersen
Gaúcho de São Leopoldo, casado com Liviane Garcia a mais de 12 anos. Pai das gêmeas Júlia e Rebeca, Cristão Reformado, membro da Igreja Presbiteriana Aliança Reformada. Apaixonado por aprender e ensinar. Graduado em Gestão de Tecnologia da Informação pela Faculdade UNIP Porto Velho e Licenciatura em Geografia pelo UniBF. Na áre de Tecnologia: Pós Graduado em Redes e Segurança da Informação pela Faculdade Porto Velho e Eng. de Software pela IPB (Instituto Pedagógico Brasileiro). Na área da Educação: Pós Graduado pelo Instituto Pedagógico Brasileiro nos cursos de Metodologia do Ensino da História e da Geografia, História do Brasil, Tutoria em Educação a Distância e Ensino Religioso. Na área Teológica: Pós Graduado no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper em Estudos Teológicos. Participou como professor nas classes de Catecúmenos, Panorama do Novo Testamento e Cosmovisão Cristã na EBDF na 1ª IPB Porto Velho. Atualmente Profº da Classe de Catecúmenos na Igreja Local.